Sociedade da Informação
e
Mundo Globalizado
“Cada sociedade é uma sociedade
da informação e cada organização é uma organização de informação, na mesma medida
em que cada organismo, é um Organismo de informação”.
Bell apud Rodrigues de Almeida
(2004)
O que é a
Sociedade da Informação?
Sociedade da
informação é um termo que também pode ser chamado de Sociedade do Conhecimento
ou Nova Economia. Surgiu no fim do Século XX vinda da expressão Globalização.
Este tipo de sociedade encontra-se em processo de formação e expansão.
Este conceito de “sociedade
da informação” é relativamente recente. Remonta ás décadas de 70 e 80 pelas
novas transformações da informática, das telecomunicações da digitalização e da
interatividade, podemos então afirmar que a sociedade da informação é uma
sociedade onde a informação e o conhecimento se encontra na base de todas as
atividades humanas devido ao desenvolvimento da tecnologia e principalmente á
Internet que introduzem melhoramentos na organização da economia e da
sociedade.
No Brasil e no mundo, a Sociedade da Informação é uma nova Era, onde as transmissões de dados são de baixo custo e as tecnologias de armazenamento são amplamente utilizadas, onde a informação flui a velocidades e em quantidades antes inimagináveis, assumindo valores políticos, religiosos, sociais, antropológicos, econômicos, fundamentais e etc.
A sociedade da informação é a consequência da explosão informacional, caracterizada sobre tudo pela aceleração dos processos de produção e de disseminação da informação e do conhecimento. Esta sociedade caracteriza-se pelo elevado número de atividades produtivas que dependem da gestão de fluxos informacionais, aliado ao uso intenso das novas tecnologias de informação e comunicação. Culturas e identidades coletivas são uma consequência dessa nova era; Houve uma padronização de culturas e costumes. Ela surge como um novo modo de evitar a exclusão social e para dar oportunidades aos menos favorecidos.
Para Luís Manuel Borges Gouveia, “A
Sociedade da informação está baseada nas tecnologias de informação e
comunicação que envolvem a aquisição, o armazenamento, o processamento e a
distribuição da informação por meios eletrônicos, como a rádio, a televisão, telefone
e computadores, entre outros. Estas tecnologias não transformam a sociedade por
si só, mas são utilizadas pelas pessoas em seus contextos sociais, econômicos e
políticos, criando uma nova comunidade local e global: a Sociedade da Informação.”
(2004).
No nosso
caso, iremos adotar como abordagem teórica para fundamentar o conceito de sociedade
da informação, o modo informacional de desenvolvimento, inspirado nas concepções
de Manuel Castells(1999), quando diz que a revolução tecnológica deu origem ao informacionalismo,
tornando-se assim a base material desta nova sociedade, em que os valores da
liberdade individual e da comunicação aberta tornaram-se supremos. Segundo o
autor, no informacionalismo, as tecnologias assumem um papel de destaque em
todos os segmentos sociais, permitindo o entendimento da nova estrutura social –
sociedade em rede – e consequentemente, de uma nova economia, na qual a
tecnologia da informação é considerada uma ferramenta indispensável na
manipulação da informação e construção do conhecimento pelos indivíduos, pois
“a geração, processamento e transmissão de informação torna-se a principal
fonte de produtividade e poder” (Castells, 1999, p.21). Este poder pode ser
observado principalmente na produção econômica e na cultura material desta nova
sociedade, que, segundo Lojkine(2002) apresenta três características básicas a
referir: polifuncionalidade, flexibilidade e redes descentralizadas, opondo-se fortemente
ao modelo industrial cujas características eram: a especialização, a padronização
e a e produção rígida.
Para Jorge
Westhein, a expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada, nos
últimos anos desse século, como substituto para o conceito complexo de
“sociedade pós-industrial” e como forma de transmitir o conteúdo específico do
“novo paradigma técnico-econômico”. A realidade que os conceitos das ciências
sociais procuram expressar refere-se às transformações técnicas,
organizacionais e administrativas que têm como “fator-chave” não mais os insumos
baratos de energia – como na sociedade industrial – mas os insumos baratos de
informação propiciados pelos avanços tecnológicos na microeletrônica telecomunicações.
Esta sociedade pós-industrial ou “informacional”, como prefere Castells, está ligada
à expansão e reestruturação do capitalismo desde a década de 80 do século que termina.
As novas tecnologias e a ênfase na flexibilidade – idéia central das transformações
organizacionais – têm permitido realizar com rapidez e eficiência os processos
de desregulamentação, privatização e ruptura do modelo de contrato social entre
capital e trabalho característicos do capitalismo industrial.
Desta forma tomamos consciência da
importância do aprender a aprender e do papel da sociedade da informação no
mundo atual conjugada com a Globalização.
Espero ter contribuído de alguma forma
para demonstrar a importância desta Sociedade da Informação, que não é mais
utopia, é realidade, contribuindo para sua consolidação e atendendo as expectativas
desse mundo globalizado.
Referências
para leitura: